(mais um) caminho de fé

Já tinha sido desafiada no ano passado e achei que não era a altura ideal. Que não tinha tempo. Que não iria conseguir despender de mais uma hora por semana fora de casa e fora do meu horário de trabalho. Mas este ano disse sim. Não sei muito bem onde fui buscar essa hora mas vi na agenda que havia um espacinho entre a saída do trabalho e a entrada no Pilates. E porque quase sempre sou assim, mais vontade que disponibilidade, menos tempo mas mais felicidade, comecei ontem (mais) um caminho de fé. Sou ajudante de catequista. Num futuro que se apresenta risonho, num caminho que se quer leve e longo para, quem sabe, daqui a uns dias me poder apresentar como oficialmente catequista.

Ainda só tivemos uma “aula” mas já deu para perceber que vou mesmo ter de me preparar muito bem e estudar o catecismo do 4º ano. É que ontem, cada vez que a catequista (a oficial, e que por acaso até foi minha professora no 5º ou no 6º ano) fazia uma pergunta ao grupo eu ficava impressionada com o nível de conhecimento dos miúdos e eles só têm 8 e 9 anos.

Tenho a certeza que tenho muito a aprender com eles e que este será muito mais um tempo de partilha de fé do que propriamente de conhecimento.

Estou nervosa por não ter conseguido fixar os nomes de todos e por quase não ter conseguido falar. Sorri cada vez que olharam para mim e vi olhares curiosos (sobretudo nas meninas) quando a catequista lhes disse que eu era a mãe dos Mateiros.

No final fui a última a sair da sala. Uma das meninas quis ficar também para o fim para me dar um longo abraço. Abraço esse que começou na minha cintura e acabou num nervoso miudinho que ainda está aqui comigo à espera do próximo reencontro.

Foi tanto o que recebi por tão pouco que dei. Prometo dar o meu melhor e espero, sinceramente, estar à altura de mais este caminho.