Presente(s).

Tenho estado ausente das redes mas com saudades de vir aqui a este meu espaço onde posso de uma forma livre e descomprometida escrever (apenas) quando me apetece.

Li no outro dia no editorial da revista ACTIVA que a palavra deste deveria ser empatia, no sentido de termos sempre a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro. Não vai ser com certeza. Mas desejo, para o ano que se aproxima, que a pandemia não seja desculpa para deixarmos de lado a empatia. Isso, dormir bem e comer melhor já me parecem resoluções suficientes para 2021.

Eu que nem ligo muito à troca de presentes nesta época, não resisto a partilhar aqui alguns dos presentes que acertaram em cheio com o que cada um de nós mais estava a precisar. Sem dúvida que o melhor presente é estar presente – e eu tenho a sorte de ter conseguido estar com a nossa família mais próxima e com dois dos meus três afilhados (esta semana ainda me vou encontrar com o terceiro, que por acaso até foi o meu primeiro) – mas quem não gosta de desembrulhar surpresas?

Porque saber dar música é uma arte e uma arma indispensável, aos dois mais velhos oferecemos um coluna e um bilhete para os RED HOT. Claro que a coluna já me arrependi algumas vezes e o concerto dos RED HOT (que eu também quero muito ir) tenho receio que seja mais uma vez adiado. Ao mais novo, para poder dar voltas ao bilhar grande e sentir que tem uma coisa sua mesmo sua em primeira mão, um skate. Recebeu também uma nerf do Fortnite para sentir a adrenalina de disparar contra os irmãos ao invés de estar sempre aos tiros com o comando. E assim pode ser que desimpeça mais vezes o sofá e eu ainda consiga nestas férias retomar This is Us, rever Normal People ou ver a saga inteira seguida do Harry Potter ou do Senhor dos Anéis.

Estes 3 babies mimados ainda são todos os anos surpreendidos na manhã de 25 com um presente que o Pai Natal deixa pela madrugada. A mãe pediu ao pai (Natal) um trampolim para o jardim mas o pai não concordou com o orçamento e ajustou a uma realidade mais em conta: uns phones sem fios para partilharem os três. Curiosamente … ainda não brigaram … será que não gostaram?

E nós, os pais (Natal) cá de casa, que já há 2 ou 3 anos que não trocamos presente nesta altura do ano, oferecemos um donativo para uma associação eleita por cada um e a lembrança que a dificuldade em oferecermos presentes um ao outro vem mesmo do facto de termos tudo o que precisamos. Sem querer reinar a boazinha cá do sítio – até porque eu já tenho a lista de aniversário feita e faço anos já em fevereiro – pensei em partilhar isto convosco porque pode influenciar outras pessoas a fazerem o mesmo. Este ano sem eventos, sem festas da aldeia e sem concertos de solidariedade, há realmente ainda mais associações a precisarem do nosso apoio.

Mas ainda assim, e porque há mais família e amigos além do Zinho, para além do tal casaco comprido que já andava a namorar e um top preto lindo para a noite da passagem de ano, recebi em primeira mão a melhor notícia que se pode receber: o milagre da multiplicação da vida. Não sendo meu, é um presente que quero muito acompanhar, é um colo que quero partilhar, num ano que nos pede esperança e que acreditemos que é sempre possível renascer.

Agora, a 3 dias de entrar num novo ano, é continuar a dividir e baralhar almoços e jantares que este ano pede que sejam mais pequenos e acreditar que em 2021 os mesmos se possam multiplicar.

Santo Natal (até os Reis Magos chegarem ao pé do Menino ainda é Natal) e um Excelente 2021.

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